Meu Crescimento Patrimonial
Olá caros leitores, três meses se passaram rápido e neste meio tempo tivemos muitas emoções no mercado financeiro brasileiro e nas bolsas mundiais devido a pandemia do vírus COVID-19. Nesta atualização do meu crescimento patrimonial, irei falar um pouco sobre o que aconteceu com meu patrimônio neste primeiro trimestre. Eu falei um pouco sobre macro economia no artigo "A Primeira Vez Do Investidor", vale a leitura.
Este artigo Faz parte de um série na qual eu, irei postar atualizações trimestrais, você pode acompanhar os episódios anteriores clicando nos números 1 e 2.
No episódio de hoje, irei falar sobre o primeiro trimestre de 2020, e vou começar falando um pouco da macro economia.
Em 2020 começamos o ano cheio de otimismo e com grandes expectativas para a economia brasileira. Com as empresas apresentando lucros recordes nos resultados do 4º trimestre de 2019, tínhamos diversos fatos relevantes de distribuição de proventos com YLD acima de 4% que, para os patamares de preço das empresas naquele momento, era um ótimo retorno. Casas de análises e grandes bancos apresentavam projeções de crescimento no PIB brasileiro em 2020 super otimistas, junto com queda dos juros e bolsa de valores IBOVESPA á 150 mil pontos, tivemos alguns discursos de bolsa a 200 mil pontos e não existia visão contrária a isso. E nem poderia, tudo corria bem, com exceção de um novo surto de gripe que acontecia la na China, e que por hora estava apenas lá.
Porém, janeiro passou e no início de fevereiro já existia casos da COVID-19 na Europa, uma epidemia surgia, e logo se transformou em uma pandemia. A bolsa brasileira se mantinha estável com alguma oscilação, porém, nada fora do normal de uma economia em crescimento. Foi em março que o Brasil começou a sentir os efeitos da pandemia, onde surgiram casos no país e os governos estaduais começaram a tomar medidas protetivas a fim de evitar a propagação da doença tendo em vista que o contágio é muito rápido.
Como podemos ver na imagem abaixo o ídice IBOVESPA saiu do topo de 118 mil pontos e chegou a bater a mínima de 67 mil pontos apresentando uma queda/variação de -43% neste primeiro trimestre de 2020.
Fonte: https://br.tradingview.com/
Logo tivemos o início de quarentena: empresas paralisando suas operações, shoppings, hotéis e outros empreendimentos sendo fechado por tempo indeterminado. Tudo isso casou um grande estresse no mercado, trazendo desconforto e medo aos investidores, co isso tivemos uma alta volatilidade na bolsa de valores brasileira que seguiu o movimento de queda das bolsas mundiais. No mês de março podemos presenciar diversos circuit breaker, o que para a maioria dos investidores era algo novo. Eu falei mais sobre esse acontecimento no meu artigo "A Primeira Vez De Um Investido" que você pode acessa clicando AQUI.
Os Fundos Imobiliários vistos pelos investidores como ativos de baixa volatilidade também sofreram grande variação, abrindo boas oportunidades de aquisições para os investidores de longo prazo. Abaixo pode observar a variação do IFIX, índice que mede a média dos maiores Fiis, este que esta em 3200 pontos teve uma variação negativa de -30% chegando aos patamares de 2200 pontos, o que assustou muito investidor.
Fonte: https://br.tradingview.com/
De um ano otimista para um ano pessimista.
Com a paralisação da produção de diversos setores vemos as projeções do PIB ir por água a baixo, co isso temos uma recessão batendo a nossa porta. O governo está tomando diversas medidas para minimizar os estragos na economia devido a quarentena (paralisação) causada pelo COVID-19.
Agora que já temos uma visão macro do que aconteceu na economia, vamos a minha atualização patrimonial, a qual eu expliquei como funciona no artigo anterior que você pode estar lendo clicando aqui.
Vou começar falando sobre alocação marco da carteira que é dividida em quatro seguimentos que são ações, fundos imobiliários, renda fixa e outros. A alocação esta planejada com as seguintes proporções.
Ações 30%
Fundos Imobiliários 30%
Renda Fixa 30%
Outros 10%
Podemos observar melhor essa distribuição na imagem abaixo:
Fonte: O Autor
Com as grande quedas nos preços das ações eu realizei uma alocação mais pesada na renda variável, o que desconfigurou toda a alocação proposta, visto que os preços das ações no mês de abriu começara a retornar. Com os preços mais baixos em março pude comprar mais ações aumentando assim o meu estoque de ativos em muito deles baixando meu preço médio e consequentemente melhorando a margem de segurança e yld.
No aporte de Abril (feito na primeira semana do mês) eu ainda consegui pegar diversas empresas com preços bem abaixo do seu valor real, algumas delas quase que negociando a valor de caixa. Aproveitei para adicionar mais cinco ativos em minha carteira, sento quatro ações e um fundo imobiliário. Também iniciei um estratégia no tesouro direto aportando no tesouro IPCA 2045 (irei falar sobre essa estratégia em um artigo específico).
Fonte: O Autor
Na imagem acima podemos ver de forma mais clara o descasamento dos percentuais pretendidos, com isso os próximos aportes serão distribuídos da seguinte forma: 70% do valor a ser alocado (dinheiro novo + reinvestimento de proventos) serão alocados em renda fixa e 30% em renda variável, sendo que a parte de renda variável será na proporção de 50% Fiis e 50% ações. Manterei essa métrica até que a renda fixa se ajuste nos 30% propostos.
Ai você se pergunta! Porquê ele não coloca 70% em renda variável e 30% em renda fixa, uma vez que a bolsa de valores e a maior parte das ações estão com preços descontados???
- A resposta é simples, estratégia definida deve ser cumprida!!!
Essa é minha proposta, até que meu patrimônio alcance o patamar desejado para que eu possa inverter essa chave e passar a destinar a maior parte dos recursos a renda variável. Estamos em um momento em que a economia está passando por dificuldades e o preço das ações provavelmente irá andar um certo tempo de lado, além de que nós que estamos iniciando temos que nos resguardar pois não sabemos até onde ou a que ponto essa crise irá.
Esses pontos que destaco da minha estratégia, aprendi com base na estratégia 500 Pratas do Leandro Cabral, se tiver interesse de conhecer, clique aqui.
Vamos as metas de 2020, no artigo anterior eu citei que eu buscava um crescimento patrimonial na casa de 10% a cada trimestre. Será que eu alcancei essa meta?
A meta de dividendos, era bater os valores ganhos em 2019 nos três primeiros meses de 2020, e vou te dizer, eu me surpreendi com o resultado desta segunda meta.
Vamos iniciar pela meta do crescimento patrimonial, que vamos observar abaixo:
Fonte: O Autor
Esse primeiro trimestre foi bem atípico, além das oportunidades apresentadas pela variação nos preços das ações devido aos fatos que estão ocorrendo, eu consegui gerar renda extra durante este período, o que fez com que meus aportes fossem bem maiores do que o normal. Isto refletiu no meu crescimento patrimonial de 35,89% nesses três primeiros meses, o que equivale a 3.5 vezes a meta planejada de 10% no trimestre.
Esse crescimento mais forte no início do ano é muito positivo, pois ele me da uma gordura extra para para passar esse período de crise e conseguir ficar dentro da meta anual que é de 40% de crescimento patrimonial.
Partindo agora para a meta que mais me alegra, que é o crescimento dos dividendos. A meta era bater 2019 inteiro em apenar 1T de 2020, e foi isso que aconteceu como poderemos observar no gráfico abaixo.
Fonte: O Autor
Podemos ver nitidamente pela barrinha roxa que representa o total de proventos no ano, que 2020 já supera em muito 2019, para ser mais exato 2020 já é 95% maior do que 2019. A empresas tiveram um grande destaque, porém os Fiis se sobressaíram com um crescimento excepcional, em grande parte impulsionado pelas subscrições realizadas (onde as ultimas cotas foram integralizadas agora em abril de 2020), ou seja os Fiis ainda não estão no seu potencial completo de proventos.
Obs.: O fundo imobiliário adicionado na carteira está com a distribuição de proventos suspensa devido a situação do fechamento de estabelecimento em virtude do COVID-19.
Abaixo irei mostras o crescimento dos proventos mês a mês no ano de 2020.
Fonte: O Autor
Vemos que mês a mês dos proventos dos Fiis são crescentes e constantes, as ações pagam bem, porém não existe uma regularidade na distribuição tendo assim uma sazonalidade positiva no recebimento de proventos/dividendos principalmente em Janeiro, fevereiro, agosto e dezembro, ao contrário dos Fiis que pagam mensalmente.
Obs. No mês de abril teve uma queda aproximada de 30% nos rendimentos recebidos dos Fiis, efeito da pandemia que estamos sofrendo.
Considerações finais:
O ano de 2020 está sendo um ano atípico, de muito aprendizado e oportunidades, não apenas nos investimentos mas sim em diversos setores da vida, seja no âmbito pessoal ou profissional. Os mais de 1.5 milhões de investidores que ingressaram na bolsa de valores nos últimos anos, estão vivendo a sua primeira grande crise e formando o seu perfil de investidor a ferro e fogo, eu sou um desses investidores novatos neste mundo de investimentos.
Sei que muitos de vocês estão passando por ansiedade e medo diante deste cenário, eu também tive e vejo como normal ter esses sentimentos. O conselho que posso te dar, é, busque conhecimento, e esteja próximo (Networking) de pessoas que já passaram por crises anteriores a essa, como a de 2008 ou outros cenários que ocorreram em nossa economia nos últimos 15 anos.
Se você quer ter tranquilidade ao investir e estar próximo de investidores experientes assim como eu procuro estar, irei deixar abaixo alguns produtos recomendados, os quais eu já consumi e aprovo.
Comentários
Postar um comentário