A PRIMEIRA VEZ DE UM INVESTIDOR
Olá pessoal, tudo bem com vocês?
Isso não chega a ser uma novidade né? Uma vez que no ano de 2019 praticamente dobrou o número de investidores na bolsa de valores, tendo como principal fator deste movimento a queda da Taxa Básica de Juros (SELIC). Com a queda da selic os investimentos em renda fixa já não são atrativos como em anos anteriores onde chegamos a ter uma taxa básica de juros de 14%a.a* e o Brasil era um país de rentistas (onde pessoas possuíam renda através da renda fixa sem assumir risco), esses tempos acabaram em 2019 quando vimos a taxa selic meta chegar ao patamar de 5.5%a.a. e aos incríveis 4,.75% em 2020 em meio a crise mundial da pandemia do Coronavírus (COVID-19).
Nos gráficos abaixo podemos ver a correlação entre a queda da selic e o aumento de investidores na bolsa de valores, onde as pessoas que viam a sua renda cair devido aos cortes na taxa básica de juros brasileira, que está seguindo a tendência mundial de juros baixos e a representativa melhora na nossa economia.
INVESTIDORES NA BOLSA
Comparando os dois gráficos, podemos observar que no fim de 2016 a taxa selic começou a cair e seguiu este movimento nos anos seguinte, já o gráfico do número de investidores na bolsa de valores entrou em um movimento contrário adquirindo um movimento exponencial a partir de 2018 quando a taxa básica de juros chegou a 6.5%a.a. desta forma podemos dizer que a correlação entre esses dois indicadores são inversamente proporcionais.
Eu Rubens, sou um dos investidores que iniciou na bolsa de valores em 2018, para ser mais exato, iniciei em julho de 2018. Porém a minha entrada na bolsa de valores não teve nenhuma ligação com a taxa básica de juros (nesta época eu nem sabia o que significava a sigla SELIC). Após alguns acontecimentos em minha vida cheguei a conclusão que eu deveria mudar a minha qualidade de vida, então comecei a pesquisar sobre formas de se aumentar renda, ter renda passiva ou investir para ganhar mais dinheiro. Assistindo á alguns vídeos no youtube, eu então comecei a investir em fundos imobiliário e ações pela Rico Corretora, logo depois me adentrei ao mundo especulativo quando a Clear corretora lançou a grande novidade da corretagem zero, foi neste momento que eu tomei a minha primeira lição no mercado onde perdi 60% do que eu tinha acumulado naquele pouco tempo. Foi através desta perda que eu procurei formas mais seguras de investir e cheguei ao 500 Pratas do meu amigo Leandro Cabral.
- Leandro, agradeço grandemente por todos os ensinamentos e oportunidades.
Foi após conhecer o trabalho desse grande professor que eu assumi o mantra de uma frase muito conhecida de Lírio Parisotto, que é “O mercado premia o vagabundo”. Foi onde aprendi que ficar horas em frente a tela do computador ou nos aplicativos de celular acompanhando o sobe e desce das ações não faz nenhum sentido, e o que faz você chegar a independência financeira é a sua capacidade de aumentar a sua renda do seu trabalho aumentando assim o seu aporte e consequentemente o número de ativos em carteira e por sua vez os dividendos/proventos recebidos.
Sei que 2019 foi um ano marcante, onde a bolsa subiu como ninguém e podemos ver milhares de novos investidores entrando na bolsa, já estava se tornando comum ouvir o assunto investimento em bolsa de valores no papo da mesa de bar, o seu tio, primo, amigo, colega ou alguém que ficou sabendo que você era investidor passar a te procurar perguntando sobre o assunto e pedindo dicas de como entrar e em que empresas investir.
No gráfico abaixo podemos observar a grande valorização do IBOVESPA EM 2019 e a desvalorização em 2020.
Após um ano maravilhoso, com empresas entregando 50%, 100%, 300%, 500% ou até mais de valorização, eis que em 2020 o coronavírus que até então era um problema isolado da China se espalha pelo mundo e chega ao Brasil. A economia mundial que vinha em uma alta exponencial reverte seus ganhos a prejuízo devido às paralisações realizadas nas fábricas e diversos outros setores, como uma tentativa para deter a proliferação do COVID-19.
Algumas coisas me preocupam neste cenário atual, a primeira delas é até quando essa situação do vírus estará fora de controle e quantas pessoas irão morrer até ser encontrado uma vacina ou medicamento que seja eficiente. Enquanto a solução não vem, cuide de suas famílias, cuide de você. Mesmo com a bolsa desvalorizando ao ponto de existir diversas oportunidades em ótimas e excelentes empresas, o investidor deve ter maturidade e racionalidade para também se precaver da doença que aí estar e não só pensar em investir. É preciso ter um equilíbrio.
Enquanto 2019 foi o ano das valorizações, 2020 até o momento em que vos escrevo tem sido o ano das desvalorizações e da morte financeira de muitos investidores que recentemente entraram na bolsa, sem estudar ou buscar conhecimento e sem nem mesmo uma estratégia.
Possivelmente após passada esta crise teremos uma diminuição drástica no número de CPFs ativos na bolsa de valores (posso estar errado, haja vista o grande esforço dos educadores financeiro realizado em 2019, assim como o esforço feito pelo 500 Pratas em ensinar as pessoas investirem), uma vez que grande parte desses investidores não possuem experiência com o cenário que estamos vivendo atualmente, onde podemos ver a bolsa desvalorizar -15% em um único dia, porém que em uma carteira de investimento de um investidor pode ser bem mais tendo em vista que muitos concentram toda a sua carteira em commodities e empresas cíclicas e essas foram as que mais se valorizaram.
Eu como um novato, não vou dizer que fiquei assustado mas sim impressionado com o pânico em que o mercado se encontrava, onde chegamos a ter dois circuit breaker em um único dia. Assim com muitos de vocês que estão aqui realizando essa leitura e entraram a pouco tempo na bolsa, eu também comecei do absoluto zero e ainda não tinha uma reserva de oportunidade grande o suficiente para participar das oportunidades oferecidas com esse movimento de queda dos preços das ações, tendo em vista que considerando uma piora do cenário e dos impactos econômicos causados pelo coronavírus dei preferência por manter boa parte das minhas reserva líquidas, pois tenho família e caso eles precisem de ajuda poderei fazer.
Você aí que está em situação parecida, não desanime, não desista dos seu objetivo de viver de renda, pois a bolsa de valores e o mercado de capitais no longo prazo irá dar o retorno positivo para você. Essa crise iremos levar como aprendizado e com isso já iremos nos preparar para uma eventual próxima crise.
Para que a leitura não fique muito extensa eu irei quebrar este artigo em duas partes, onde na próxima eu irei falar um pouquinho sobre o que realmente importa para o investidor de longo prazo. Então fica ligado que logo logo terá a segunda parte.
Exclarecedor e estimulante o conteúdo do texto, Rubens, seguindo sempre tua missão de propagar educação financeira com a levesa e objetividade de um verdadeiro pedagogo. Parabéns, sempre! O país precisa disso!
ResponderExcluirTeus passos, em bolsa de valores, foram basicamente os meus e, talvez, da grande maioria recente.
Conforme relatas, como no meu caso, faltava um ingrediente extra e fundamental a ser contornado, um fator principal que todo o investidor principiante deve buscar para alcançar êxito no mercado de capitais, que nada mais é do que a mentalidade alinhada ao conhecimento.
Depois do conhecimento sim, a riquesa e a tão sonhada liberdade financeira se horizontam mais claramente. Mesmo sabendo que a segunda pode ser perdida e a última subtraída, a primeira estará eternamente incorporada em nós.
E foi nessa busca que encontrei no youtube fartíssimo conteúdo. Lá conheci o canal500Pratas e, em seguida, decidi fazer um de seus cursos. O mais surpreendente foi o fator tempo. Em pouco mais de dois meses aprendi a compor a base estrutural para montar uma carteira consistênte, e de lá para cá, vídeos do canal, pesquisas, leituras, e avessa a redes sociais, venci também essa resistência, abrindo perfil no instagram para acompanhar o Canal. Sem sombra de dúvidas, o conhecimento gera os maiores dividendos no longo prazo, e a evolução que eu tive, devo ao canal500Pratas, como modelo de gestão de patrimônio, e aprovado frente ao contexto atual. O segundo fator interessante é a consequência do primeiro. Se de um lado, passando pelo grande Crash de 2020, provocado por motivo de saúde pública globalizada, e os estragos nas Bolsas ao redor do mundo, vi meu patrimônio desaparecer, por outro, todos os meus ativos mantém seus fundamentos, graças a diversificação em setores distintos, e a forma racional de avaliarmos as empresas que sobrevivem as crises, seguindo os passos da estratégia 500Pratas. As crises passam e as empresas mantém seus fundamentos. E, para quem investe baseado em fundamentos, lembrando a fala do professor Leandro, dia de baixa é sempre dia de oportunidade. Portanto, no mercado de capitais, principalmente em renda variável, o alto risco exige a busca do conhecimento como premissa básica do investidor de longo prazo que somos. Por último, faço minhas tuas palavras; não desanimarmos frente a crise, reconhecendo nela um forte aprendizado que, aliado ao conhecimento, longo prazo e tempo, é o caminho a percorrer até nossos objetivos iniciais. Parabéns, mais uma vez, Rubens, e agradeço pela oportunidade.
Daizi Bianchi.
Olá Daizi, é ótimo escutar palavras como as tuas, pois elas me motivam a continuar e a melhorar cada vez mais a minha produção de conteúdo e assim poder ajudar a todos que me acompanham e aqueles que ainda virão a conhecer meu trabalho, que eles tenham suas dúvidas sanadas por esses conteúdos.
ExcluirGrato por ter você como alguém sempre presente em meus conteúdos e que nós possamos alcançar nossos objetivos.
Caro amigo, agradeço a credibilidade. Mas devo lembrar-te que o professor aqui se chama Rubens, com sua exemplar trajetória de vida. Eu continuo mera aprendiz. O importante é a consciência de que o conhecimento só é real, quando (com)partilhado. Essa é a premissa para a evolução em qualquer área da vida. E quando nada sabemos sobre o mundo em mercado de capitais, vamos em busca de conhecimento! Essa é a lei! A prova está aqui. Minha formação é Ciências Jurídicas e Sociais, a tua, Pedagogia. E mais, durante o decorrer de minha vida, eu tive zero vontade de planejar financeiramente meu futuro. Zero vontade de sair da zona de conforto. Sobrou zero tempo. Zero futuro. Hoje, na casa dos sessenta anos, tento mitigar na renda variável, as consequências nefastas de um futuro incerto, conciliando o tempo que me resta à racionalidade, compondo uma carteira de ativos que me dê retornos em, no mínimo, cinco anos, como complemento de renda. Penso ser importante essa retrospectiva, como um alerta e estímulo para outros na mesma situação. O tempo é implacável, e no mundo das finanças, nosso melhor ativo. Sabê-lo usar a nosso favor, eis a questão! A determinação em priorizar o tempo como aliado, é básico. E lembrando Charlie Munger, a melhor coisa que um ser humano pode fazer, é ajudar o outro a saber mais. Existe melhor coisa do que buscar respostas? Ir atrás do que se deseja? Sair do lugar e dar o primeiro passo? Desafio que assumimos e, como moderador de curso e educador financeiro, assumiste com maestria. Aqui, eu entro na carona.
ResponderExcluirParabéns, sempre!
Daizi
@daizibiacchifarm
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