Onde está meu salário?
Após o fim da nossa adolescência vem a juventude e logo as responsabilidades, trabalho, contas, família, e no decorrer do tempo entramos em um ciclo vicioso e entramos em um estado inerte no qual já não enxergamos as possibilidades, e simplesmente caminhamos de cabeça baixa e passamos a sobreviver e esquecemos de viver.
Não entendeu o que eu quis dizer no texto acima?
Ok! vou explicar, a maior parte das pessoas ao iniciar a sua vida produtiva (ao começar a trabalhar), simplesmente para de enxergar as milhares de oportunidades que o mundo proporciona, pelo simples fato de estar trabalhando e ter a certeza de que no fim do mês terá o seu tão esperado salário.
Muito bem, chega o dia de receber o pagamento e começa-se a particionar o salário para os respectivos custos de vida, inicia-se pelo mais importante 40% supermercado, 30% aluguel, 10% conta de luz, os outros 20% foi para o cheque especial que utilizei para pagar a fatura do cartão de crédito que utilizei para alguma coisa (roupa, um passeio no shopping), e quando se percebe antes do dia 15 já não existe mais salário, é exatamente neste momento que nos perguntamos "Onde está meu salário?".
90% das pessoas que se identificam com essa narrativa vem de famílias de classe econômica baixa, aqueles identificados por classe "C" (eu não gosto destes termos), pessoas que normalmente não possuem acesso a educação financeira, até porque na rede pública de ensino do nosso país Brasil não existe este tipo de conteúdo na grade curricular, até poque eu enxergo a educação brasileira hoje, como uma simples formadora de mão de obra e não uma verdadeira formadora de cidadães críticos (mas este é assunto para uma outra hora e matéria). Eu acordei para vida financeira apenas ao meus 23 anos de idade, porém só iniciei verdadeiramente minha caminhada aos 25 anos de idade, um dos principais fatos que me fez enxergar que minha vida não estava correta, foi toda a dificuldade que passei com minha esposa durante a gravidez do nosso primeiro filho, pois realizar consultas do pré natal em um hospital público não é nada fácil e muito menos agradável, todos as ultrassonografias que minha esposa precisou fazer tivemos que pagar, pois no sistema público de saúde esse procedimentos podem demorar até meses. Meu filho nasceu no dia 14 de julho de 2016 as 10;30 da manhã depois de uma cesária de emergência, passou maravilhosos 10 dias conosco, nos trazendo muita felicidade e amor, e infelizmente ele nos deixou no dia 25 de julho de 2016 as 9;30 da manhã. Até hoje revejo todo o processo que passamos, as dificuldades que foi conseguir um encaminhamento para o acompanhamento de pré-natal de risco, porém quando conseguimos o encaminhamento já tinha alguns dias que tinha um problema no cordão umbilical, e que nosso filho não estava recebendo nutrientes.
Bom não estou aqui pra falar exatamente da minha vida e sim para tentar passar um alerta para você leitor, apenas evidenciei o que passou comigo e com minha família para dar um exemplo, e se eu tivesse uma educação financeira diferente desde antes do meu casamento e meu filho, em vez de comprometer e gastar todo o meu salário, eu poupasse/investisse? essa história poderia ser diferente, poderia pagar um atendimento particular e com uma qualidade melhor. Assim digo que nós muitas vezes pensamos apenas no hoje, no que eu quero agora e acabamos esquecendo que existe o amanhã, e que o amanhã chega. Com isso temos que passar a enxergar a vida de forma a definir que precisamos de algo hoje, que precisarei de algo amanhã e que precisarei de algo para daqui 5 dias, 1 anos, 10 anos, nossa vida está sempre em movimento, e as necessidades vem junto com esse movimento, sendo assim temos que nos respaldar e nos preparar para eventuais acontecimentos e necessidades.
Aqui nesse blogger iremos tratar de diversos assuntos, ligados a todas as áreas da nossa vida.
Esse foi o primeiro texto deste canal, sendo assim qualquer erro será corrigido eventualmente.
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